segunda-feira, 22 de março de 2021

Unidades judiciárias do Sertão doam equipamentos a pacientes internados com Covid-19.

 O Juizado Especial Misto de Cajazeiras e a 1ª Vara de São João do Rio do Peixe fizeram a doação de 11 capacetes respiradores Elmo, com o kit completo de dez itens periféricos. Cinco desses equipamentos foram destinados ao Hospital Regional de Cajazeiras, três para o Hospital Municipal João Dantas Rothéia, de São João do Rio do Peixe, e mais três para o Centro de Referência contra a Covid-19 de Uiraúna. Os recursos para a aquisição dos capacetes são oriundos das prestações pecuniárias das transações penais. 

Os capacetes respiratórios Elmo serão de extrema ajuda no combate a Covid-19, podendo ter uma redução de 60% da necessidade de intubação e internação em UTIs em casos mais graves do vírus. 

Juiz Hermeson Alves Nogueira

Conforme os juízes do Juizado Especial Misto da Comarca de Cajazeiras, Hermeson Alves Nogueira e da 1ª Vara da Comarca de São João do Rio do Peixe, Kleyber Thiago Trovão Eulálio, o cenário atual da pandemia requer a união de todos os segmentos da sociedade civil, Poder Judiciário, Executivo e Legislativo, para a adoção de ações concretas de enfrentamento a Covid-19.

"Nós estamos aqui para contribuir com que for possível e estiver ao nosso alcance. Muito importante unirmos forças para atravessarmos esse momento difícil”, comentou o juiz Hermeson Alves. 

Juiz Kleyber Thiago

Já o juiz Kleyber Thiago ressaltou: “É o retorno da pena em benefício da sociedade. Tudo foi possível graças ao empenho de todos os servidores das duas comarcas, que diariamente envidam esforços na prestação jurisdicional e agora contribuem, também, na esfera da saúde”.

Como o Elmo Funciona - Acomodado ao pescoço do paciente, o Elmo permite ofertar oxigênio a uma pressão definida ao redor da face, sem necessidade de intubação. Dessa forma, a pessoa consegue respirar com auxílio da pressurização e oferta de oxigênio. O sistema possibilita, portanto, a melhora na respiração e pode ser utilizado fora de leitos da UTI. O equipamento pode ser desinfetado e reutilizado. Outro benefício é o custo inferior em relação aos respiradores mecânicos e maior segurança para os profissionais de saúde, já que, por ser vedado, não permite a proliferação de partículas de vírus.

Por Fernando Patriota/Gecom-TJPB

 

Juíza da 9ª Cível inova e determina que parte seja intimada pelo Messenger do Facebook.

 Com o intuito de dar celeridade à prestação jurisdicional, e seguindo o que determina o Novo Código de Processo Civil (NCPC/2015), a juíza Adriana Barreto Lossio de Souza, que atua na 9ª Vara Cível da Comarca de João Pessoa, determinou a intimação de uma parte, por meio da rede social. Trata-se do Procedimento Comum Cível (0001312-82.2010.8.15.2001), envolvendo Vanessa Sena Correia Lima, que foi intimada no messenger, do seu Facebook, para que, no prazo de 15 dias, constitua novo advogado.

A magistrada explicou que a parte não havia sido intimada, ainda, e que seu advogado havia renunciado, sendo necessário intimá-la com urgência para constituir novo causídico, e que determinou a intimação da mesma pela rede social, com base no artigo artigo 246, V, do NCPC, o qual determina que a citação será feita por meio eletrônico, conforme regulamentado em lei.

Adriana Lossio salientou que, fazendo busca do nome da parte na internet, verificou que ela tinha facebook e messenger, determinando a sua intimação, lembrando, igualmente, que o processo integra o acervo do cumprimento da Meta 2 do Conselho Nacional de Justiça. “Além da intimação por meio eletrônico ser permitida pelo Novo Código de Processo Civil, há, igualmente, respaldo da jurisprudência nacional”, ressalvou, se referindo a decisão do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (AGV:40027705920178240000), citada no despacho.

A juíza da 9ª Cível, pontuou, também, que o Cartório mandou a mensagem e a parte atendeu com sucesso, constituindo outro advogado. “Então, se prova que os novos meios digitais, à disposição da Justiça, cabem ao propósito de realizar as diligências processuais, a fim de garantir a celeridade na prestação jurisdicional, com a efetividade do processo”, realçou a magistrada.

Por Lila Santos/Gecom-TJPB


Planejamento Estratégico: MPPB abre consulta pública para definir temas prioritários de atuação.

 

O Ministério Público da Paraíba abriu consulta pública para coletar dados para subsidiar a definição das áreas prioritárias de atuação para os próximos oito anos. A consulta é parte da construção do Planejamento Estratégico 2022-2029 do MPPB e pode ser acessada no link: https://forms.gle/zW3LwDqEEDpnNhf18 pelos próximos 30 dias.

Podem participar da consulta integrantes do MPPB, do Judiciário, Advocacia ou Defensoria Pública, do Executivo, Legislativo, sociedade civil organizada e população em geral. A sociedade está sendo convidada a participar e definir as prioridades entre os temas da atuação finalística: direitos humanos, saúde, educação, infância e adolescência, meio ambiente, habitação e urbanismo, patrimônio histórico e cultural, consumidor, execução penal, criminal, segurança pública, corrupção e patrimônio público.

Além dos temas da atividade-fim, as pessoas podem pode opinar sobre as prioridades estruturantes da instituição entre as quais gestão estratégica, gestão administrativa, controle interno, gestão de pessoas, gestão orçamentária, tecnologia da informação e comunicação social.

Os dados coletados na consulta vão nortear os programas e ações que o Ministério Público vai desenvolver nos próximos anos. 

A secretária de Planejamento e Gestão do MPPB, promotora Cristiana Vasconcelos, destacou a importância de ouvir a população. “Não poderia deixar de lado a escuta da sociedade. Esse é o momento mais propício para ouvir e construirmos juntos programas e ações que tenham efetividade”.


COVARDIA : Em plena pandemia vereadores de oposição votam contra PL que previa benefícios em gratificações para os servidores da prefeitura de Aparecida.

 Na última sexta-feira (19), a presidência da Câmara de Vereadores de Aparecida colocou na 1ª sessão remota via plataforma digital, para votação dos parlamentares mirim, o projeto de lei complementar 002/2021 de autoria do executivo. Dos 09 vereadores que compõem a casa, o projeto precisava de um 1/3 dos votos, ou seja, 06 votos já daria validação segura para que o projeto fosse aprovado. No entanto, esse não foi o resultado, os 04 vereadores que integram a bancada oposicionista ao governo a vereadora Isabela Benigna e Valdete Gonzaga, e os vereadores Antônio de Dona Rita e Felipe de Viola, votaram contra o parecer justificativo e o projeto de lei completar.

Pelo que versa o projeto trata-se de uma medida necessária e urgente para fazer regularização das gratificações aos servidores públicos da prefeitura, uma vez que o Tribunal de Conta do Estado (TCE) já havia feito notificações à antiga gestão do ex-prefeito Júlio César, sobre a ausência de legalização municipal autorizando os pagamentos das gratificações aos servidores comissionados e contratados por excepcional interesse público.


Segundo o procurador jurídico do município Dr. Francisco Abrantes, o projeto não tratava de criar e nem tirar gratificação de nenhum servidor, mas regularizar uma situação irregular que vinha se perpetuando no município por falta de Lei Municipal – “O projeto recebendo tamanha derrota irá impactar especialmente os profissionais da saúde. Ademais, era uma medida de urgência para garantir que os servidores do munícipio, continuassem sendo valorizados, e recebendo um salário razoável e digno do seu trabalho. Com a decisão da votação contrária dos parlamentares mirim de oposição, o próximo passo é comunicar formalmente ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), para que o prefeito possa se resguardar e isentar de qualquer penalidade, uma vez que houve a iniciativa do executivo proceder dentro do que orienta o tribunal” – pontuo o procurador.

Para o prefeito João Neto que acompanhou a votação pelas redes sociais, disse que recebeu com tristeza a votação da bancada oposicionista, uma vez que a política de palanque já havia passado, e a decisão dos quatros vereadores de oposição irá prejudicar e muito o funcionalismo público do município, principalmente os ACS e demais funcionários do setor de saúde – “O projeto previa tão somente regularizar uma medida que vinha sendo desrespeitada pela gestão anterior que não seguias as orientações do TCE. Surpreendi-me na última sexta-feira, eu não esperava que os vereadores tivessem ainda o anseio politico de prejudicar a gestão que envia um projeto que é pra beneficiar o servidor. A política de campanha passou, agora é preciso agir com maturidade, e olhar o que de fato é preciso pra fortalecer o desenvolvimento e crescimento da cidade. O projeto não tina nada maquiado, e nada além do que garantir um direito ao funcionário publico, um benefício pela via da legalidade. Infelizmente não foi o esperado, perde os servidores do nosso município. Deixo meus parabéns ao presidente da câmara, Damião Norvino e os vereadores que compõem a bancada situacionista por ter votado a favor do projeto, embora não ter sido aprovado” – destacou o prefeito João Neto.



HERANÇA MALDITA: Débitos com a previdência provoca bloqueio de contas na prefeitura de Uiraúna.

 una pmu 1 - HERANÇA MALDITA: Débitos com a previdência provoca bloqueio de contas na prefeitura de Uiraúna.

 
 
 
 
 
 
 

As contas bancárias referentes ao FPM da Prefeitura Municipal de Uiraúna foram bloqueadas por conta de um débito contraído junto ao Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). O valor da dívida deixada por gestões anteriores chega a 4 milhões de reais. Clique aqui e veja documentação

O montante da dívida é de aproximadamente R$ 4 milhões e corresponde à falta de repasse destinado à Previdência das administrações municipais nos anos anteriores a atual gestão.

Segundo a atual prefeita, Leninha Romão, o Município já havia negociado parte dessa dívida: “Nós sabíamos que o município devia ao INSS, mas não tínhamos ideia de que o montante era tão elevado. Recebemos uma notificação sobre esse bloqueio semana passada e efetuamos o pagamento imediatamente das parcelas em atraso, no entanto o sistema leva tempo para confirmar o pagamento e consequentemente liberar a conta do município”, disse a prefeita Leninha Romão.

De acordo com a Prefeita Leninha Romão, o município já pagou o débito junto ao INSS para as contas serem desbloqueadas: “Fizemos questão de quitar as parcelas em atraso que se aproxima de 10 mil reais”.

A Assessoria Jurídica de Uiraúna esclareceu que todas as providências legais já foram tomadas para ser efetuado o pagamento e o desbloqueio das contas da Prefeitura, esclarecendo que não se trata de um débito da gestão de Leninha, mas sim de débitos de prefeitos anteriores.

“É como começar abaixo do zero. Pegamos uma prefeitura mergulhada em dívidas e sucateada em todos os setores. Essa dívida de 4 milhões é apenas uma parte do desmantelo e dos débitos deixados”, afirmou a Prefeita Leninha Romão. Ela assumiu sem ter tido nenhum contato com a administração anterior – o antigo gestor dificultou todos os trabalhos da equipe de transição. Em menos de três meses a Prefeita tem sentido a dificuldade de administrar a prefeitura devido a tantos impasses deixados pelas antigas administrações.

TRAIÇÃO? : Grupo político do prefeito de Triunfo fica surpreso com nomeação de Damisio Mangueira na prefeitura de Cajazeiras.

 DAMISIO - TRAIÇÃO? : Grupo político do prefeito de Triunfo fica surpreso com nomeação de Damisio Mangueira na prefeitura de Cajazeiras

 
 
 
 
 
 
 

O grupo político do prefeito de Triunfo, Espedito Filho (PP), ficou surpreso ao saber que o ex-prefeito de Triunfo, Damisio Mangueira (PTB) ocupa o cargo de Assessor Técnico Especial, na prefeitura de Cajazeiras. Isso porque o prefeito de Cajazeiras, José Aldemir (PP) e o gestor triunfense são do mesmo partido e, no pleito municipal passado, tanto José Aldemir, quanto Dra. Paula, apoiaram o nome de Espedito em Triunfo.

O episódio pode causar um rompimento entre Espedito Filho e José Aldemir, já que, esse fato causou muita indignação aos aliados do prefeito triunfense.

Analistas políticos triunfenses ouvidos pelo site RadarPB afirmam que a referida notícia inviabiliza qualquer tipo de apoio político do grupo de Espedito ao nome de Dra. Paula em 2022.

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Com informações do RadarPB

quarta-feira, 17 de março de 2021

Polícia Civil da PB investigará operação da polícia de SE que deixou jovem cajazeirense morto.

 

Uma suposta operação policial da Polícia Civil de Sergipe resultou na morte de um homem, em Santa Luzia, Sertão paraibano, na noite desta terça-feira (16). De acordo com a Polícia Civil da Paraíba (PCPB), não houve nenhuma participação da polícia paraibana na operação e uma investigação foi aberta para apurar e entender o caso.

Por volta das 22h, a Polícia Militar (PM) foi informada que havia dado entrada no hospital local um homem aparentemente sem vida, levado por homens que se identificaram como policiais civis do estado de Sergipe. A PM solicitou a identificação do policial que apresentou a identidade funcional de delegado da Polícia Civil.

O policial informou à Polícia Militar que estava em uma operação policial para prender foragidos do estado de Sergipe, suspeitos de assalto a banco, que passariam em Santa Luzia.

O superintendente da 3ª Superintendência da Polícia Civil da Paraíba, Sylvio Rabello, informou que a polícia do estado não participou do confronto porque foi avisada de última hora pela polícia de Sergipe sobre a operação e que antes de se envolver, houve o confronto entre a polícia sergipana e os suspeitos.

De acordo com a PM, o homem que se apresentou como policial informou que estava em um carro branco descaracterizado, mas acompanhado de uma viatura da Polícia Civil da Paraíba, no entanto, o delegado paraibano Sylvio afirmou que não houve nenhum envolvimento.

A PM ainda realizou rondas nas imediações do confronto, na tentativa de localizar os policiais envolvidos na operação para ter mais detalhes do que aconteceu, porém eles não foram encontrados.

COM INFORMAÇÕES DO G1 E DO DIÁRIO DO SERTÃO

Juiz-diretor do Cejusc da Comarca de Conceição inova e cria a tomada de termo digital.

 

Em uma iniciativa inovadora, o juiz titular da Vara Única da Comarca de Conceição e diretor do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) daquela unidade, Francisco Thiago da Silva Rabelo, instituiu a tomada de termo digital para demandas de baixa complexidade de até 20 salários-mínimos, constantes na Lei 9.099/95, por meio do uso da ferramenta “formulários google”. Qualquer cidadão, independente de constituição de advogado, pode ingressar com o requerimento, mediante o preenchimento do formulário no endereço https://forms.gle/PFx83umc4bNqJdZRA.

Para regulamentar a tomada de termo digital, o juiz publicou a Portaria nº 03/2021, considerando a Política Judiciária Nacional de tratamento adequado dos conflitos de interesses no âmbito do Poder Judiciário, regulamentada pela resolução 125/2010 pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). “Também levamos em consideração a Declaração de Emergência na Saúde Pública de Importância Internacional pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em decorrência da Covid-19, que foi classificada como pandemia em março de 2020”, informou.

O magistrado, que também é diretor do Fórum de Conceição, acrescentou que essa ação ainda obedece as orientações contidas nos Atos de números 33/2020 e 11/2021 da Presidência do Tribunal de Justiça da Paraíba e o Decreto Estadual nº 40.304/2020, que dispõe sobre a adoção do plano Novo Normal Paraíba, de medidas temporárias e emergenciais de prevenção de contágio pela Covid-19, no âmbito da Administração Pública direta e indireta, bem como sobre recomendações aos municípios e ao setor privado estadual.

Como requerer – O formulário de requerimento deverá ser integralmente preenchido constando as seguintes informações: 1) nome, a qualificação (com CPF ou CNPJ), endereço, o contato telefônico (WhatsApp) e o endereço eletrônico (e-mail), pelos quais o promovente vai receber as intimações; 2) nome, qualificação, endereço e contato telefônico (se possível com WhatsApp) do requerido; e 3) o relato dos fatos e o(os) pedido(os).

O requerente deverá acrescentar sua documentação pessoal e qualquer documento que julgar pertinente para fundamentar seu pedido, em campo específico no próprio formulário. Devidamente cadastrado o processo, o requerente receberá, em até 24h, em seu e-mail ou pelo aplicativo “whastapp” o número do processo e o dia e a hora de sua audiência, devendo comparecer, independente de intimação, sob pena de arquivamento do feito.  Todas as audiências serão realizadas na forma virtual, pelo aplicativo Zoom, devendo o requerente tomar as providências necessárias para acesso.

Por Fernando Patriota/Gecom-TJPB

Comarca de Sousa avança em estruturação do Fórum, organiza Depósito Judicial e juízes superam metas.

 A Comarca de Sousa, localizada na Bacia do Rio do Peixe, no Sertão paraibano (a 438 km de João Pessoa), possui sete Varas Mistas e três Juizados Especiais, que atendem, além da sede, aos municípios de Aparecida, Lastro, Marizópolis, Nazarezinho, Santa Cruz, São Francisco, São José da Lagoa Tapada, Uiraúna e Vieirópolis. As cidades reúnem cerca de 133 mil habitantes.

Na região do Vale dos Dinossauros (lá, encontram-se rastros e trilhas fossilizadas de mais de 80 espécies em cerca de 20 níveis estratigráficos), os seis magistrados que atuam no Fórum José Mariz, em Sousa, comungam um pensamento: a pandemia da Covid-19 trouxe muitas dificuldades, exigiu que eles se adaptassem a ela, mas a tecnologia, o teletrabalho e as audiências virtuais mostraram que há um caminho para a continuidade dos serviços da Justiça. E o mais importante: que é possível, mesmo assim, superar metas.

Os magistrados José Normando Fernandes (1ª Vara Mista), Natan Figueredo Oliveira (5ª Vara Mista e diretor do Fórum), Caroline Silvestrini de Campos Rocha (2ª Vara Mista), Vinicius Silva Coelho (1º Juizado Especial Misto), Bernardo Antônio da Silva Lacerda (3ª Vara Mista) e Agilio Tomaz Marques (4ª Vara Mista) relatam como têm vencido “o tempo da pandemia” e avançado na prestação jurisdicional.

Juiz Natan Figueiredo

O diretor do Fórum, juiz Natan Figueredo, conta que, antes de concluir o mês de fevereiro, a 5ª Vara Mista, da qual é titular, bateu as Metas 2, 4 e 6 para o ano de 2021, estabelecidas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), mesmo considerando o acervo recebido da desinstalada e agregada Comarca de Uiraúna. A Meta 2 prevê a identificação e julgamento, até 31/12/2021, pelo menos, de 80% dos processos distribuídos até 31/12/2017 no 1º Grau.

De acordo com o CNJ, a Meta 4 estabelece identificar e julgar, até 31/12/2021, 70% das ações de improbidade administrativa e das ações penais relacionadas a crimes contra a Administração Pública, distribuídas até 31/12/2017, em especial a corrupção ativa e passiva, peculato em geral e concussão. A Meta 6, no tocante ao 1º Grau de jurisdição, é no sentido de identificar e julgar, até 31/12/2021, 60% das ações coletivas distribuídas até 31/12/2017.

O juiz Natan Figueredo destaca que a Comarca de Sousa avança na sua estruturação e já conta com Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) e Sala de Atendimento Virtual, na sede, além de Posto Avançado de Atendimento (PATJ) em Uiraúna. “A Sala de Atendimento Virtual do TJPB é um ambiente preparado para audiência a distância, presidida pelos juízes que requisitarem a inquirição de pessoas que sejam domiciliadas em Sousa e devam ser ouvidas em processos que tramitam em outras comarcas”, explica o magistrado.

O juiz-diretor destaca que estão sendo concluídas, no Fórum José Mariz, as instalações da Sala de Amamentação e de espaço para crianças, em parceria com a Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil em Sousa, que deverão ser inauguradas em breve. “Os pais que comparecem ao Fórum terão esses espaços de recepção, quando, obviamente, as medidas de combate ao Covid-19 permitirem”, observa.

Natan Figueredo informou que, além disso, está em curso o trabalho de reorganização do Depósito Judicial, já preparando o local para implementar o descarte de documentos, que é uma meta do Presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba, Desembargador Saulo Henriques de Sá e Benevides. “Estamos catalogando todos os bens que estão no Depósito. Catalogando, fotografando, para dar uma destinação, que pode ser descarte, doação e outras medidas legais. No segundo momento, será feita a reorganização dos processos”.

Distanciamento não para a Justiça

Os magistrados da comarca são unânimes ao destacar que o distanciamento imposto para os servidores, para as partes, para os advogados, não prejudicou o andamento dos processos. O juiz-diretor ressalta que não há dúvida que o processo tramitando de modo eletrônico e as audiências sendo realizadas de forma virtual, por videoconferência, foram mecanismos que possibilitaram a continuidade do funcionamento da Justiça, mesmo respeitando a necessidade do distanciamento social imposto pela pandemia.

Juíza Caroline Silvestre

A juíza Caroline Silvestrini atesta que, com o atendimento das partes e de advogados realizado por meios eletrônicos (telefone, WhatsApp, e-mail), as demandas têm sido prontamente atendidas, trazendo mais celeridade e eficiência. “Apesar das dificuldades enfrentadas pela crise atual, as atividades não pararam”. 

Caroline explica que a 2ª Vara Mista tem competência para julgamento dos crimes envolvendo violência doméstica, além de ser responsável pela Execução Penal (VEP). Diariamente, são deferidas medidas protetivas para resguardar a integridade física e moral de mulheres vítimas de violência doméstica. As audiências são realizadas de forma semipresencial, e, para aqueles que não possuem condições de participar remotamente, é garantida a participação de forma presencial, respeitados todos os protocolos de higiene e segurança.

No caso da VEP, a magistrada tem trabalhado em constante parceria com a Secretaria de Administração Penitenciária, “buscando fomentar a ressocialização”. Atualmente, a Colônia Penal Agrícola de Sousa está com 178 presos no regime fechado. O projeto mais recente desenvolvido pela VEP foi a implantação de uma marcenaria na unidade prisional, através de recursos oriundos das prestações pecuniárias.

Com a pandemia, segundo a magistrada, foi redobrada a atenção na análise dos benefícios, e as inspeções mensais passaram a ser feitas através da plataforma virtual Zoom, disponibilizada pelo Tribunal de Justiça.

“As inspeções são importantes para verificar as condições da unidade, além de garantir o acesso do preso ao Poder Judiciário. Já nos regimes semiaberto e aberto, foi necessária a suspensão das atividades do albergue, estando os presos em regime domiciliar. Para a fiscalização do cumprimento das condições, contamos com o constante apoio das policias Civil e Militar, além de termos ampliado o número de apenados monitorados por tornozeleira eletrônica (atualmente 44)”, afirma a juíza Caroline Silvestrini.

Juiz Bernardo Lacerda

Na opinião do juiz Bernardo Lacerda, os magistrados paraibanos têm conseguido superar as adversidades do momento de pandemia, mas, na execução dos trabalhos, vivenciando fortes emoções. Ele cita, no caso em especial, a 3ª Vara Mista de Sousa, da qual é titular, “uma unidade que exige bastante equilíbrio na atuação, tendo em vista a carga de sentimentos e emoções inerentes à maioria das demandas, que são ações de família”.

Em se tratando da área de família, de acordo com o juiz Bernardo, a quase totalidade dos processos implica na necessidade de realização de audiências, nas quais se consegue, quase sempre, a solução da demanda.

O juiz fala que, em cada processo, as emoções se sobressaltam diante da realidade: “Um fato que me chamou bastante atenção foi a atitude de um homem, que, bastante emocionado, mesmo após o resultado negativo do exame de DNA, disse-me que aquilo não modificava em nada a relação entre ele e o filho e que sempre seria o seu pai. Tocou profundamente a todos que participaram da audiência”.

Bernardo Lacerda revela, ainda, que “uma particularidade triste identificada na nossa região é a situação de extrema pobreza das nossas famílias, o que quase sempre resulta em pensões alimentícias com valores muito baixos, insuficientes para atender às necessidades mínimas de crianças e adolescentes”.

Tecnologia encurta distância e une casais

Juiz Vinicius Coelho

Titular do 1º Juizado Especial Misto, o juiz Vinicius Silva Coelho conta que tem se empenhado para manter a unidade saneada, com os processos em dia, designando, preferencialmente, audiências virtuais. Nos processos cíveis, em regra, o réu é citado para uma audiência una, quando são realizados todos os atos em uma única sessão, desde a fase da conciliação até a sentença, passando pela contestação, impugnação e produção de provas, se necessário.

“As audiências nos Juizados estão sendo realizadas por meio de plataformas virtuais, nos processos de natureza cível e criminal, e são presididas por mim ou pelo juiz leigo Fellipe Raphael Figueiredo Araújo, a depender do objetivo do ato”, afirma o magistrado.

“Em todos os processos, sempre se adverte que se dará preferência pela realização da audiência por meio virtual. Em último caso, o participante comparecia ao Fórum”, relata o juiz. Mas, diante do agravamento dos casos de Covid-19, no momento não está sendo possível o comparecimento – a mobilidade foi restringida/limitada para tentar conter o vírus, segundo decreto do Governo do Estado e Ato da Presidência do TJPB.

Vinicius Coelho responde ainda, em substituição, pela 7ª Vara Mista (em 2020, atuou como titular da unidade), que tem competência para reavaliação dos adolescentes que recebem medida de internação no CEA de Sousa. Ele conta que as audiências ocorrem mensalmente, e estão todas em dia. Já a reavaliação de crianças e adolescentes em acolhimento é trimestral.

A tecnologia surge, também, como forte aliada na realização do sonho de casais, para a efetivação de matrimônios. “Os casamentos ocorrem também pela plataforma Zoom. Nessa comarca, dois cartórios promovem a habilitação para casamento e realizam os trâmites administrativos. Foi uma forma encontrada pela Corregedoria-Geral de Justiça, que autorizou a realização da solenidade por meio virtual, para não suspender os sonhos de muitos casais”, afirma Vinicius Coelho, que, no dia 4 de março, oficializou o compromisso de 30 casais.

O magistrado destaca ainda a importância da tecnologia, no Poder Judiciário, citando dois processos de apuração de ato infracional em que foram instruídos em conjunto. Ocorreram duas audiências: na primeira, os adolescentes e seus representantes
 legais foram ouvidos; na segunda, foi realizada a oitiva de vítimas e testemunhas. Todas as pessoas foram ouvidas pela plataforma Zoom. Ninguém precisou se deslocar até o Fórum. Em torno de 15 participantes foram ouvidos.

Outro caso, que cita como exemplo, foi de uma ação de retificação de registro de nascimento. “Antes da pandemia, como não era usual a utilização de ferramentas como o Zoom, deprecou-se a oitiva de testemunhas, que residiam em outra comarca. Contudo, foi necessário realizar o depoimento pessoal da autora e, nessa altura, já estávamos sob o regime de teletrabalho. Ela reside em outro país (Argentina). A audiência ocorreu pelo Zoom e foi possível constatar como as audiências por plataformas virtuais otimizam o trabalho, porque não se torna mais necessário expedir cartas precatórias, cujo trâmite costuma ser lento”, disse.

“Veja que, nesse caso, ou a parte teria que se deslocar até Sousa ou o Juízo teria que expedir uma carta rogatória para o depoimento pessoal ocorrer no país de domicílio da parte. A audiência por meio virtual facilitou muito”, comemora. “Isso também é fruto da colaboração dos serventuários, que, diante dos desafios impostos pela pandemia, se esforçam para que as partes sejam, efetivamente, intimadas e facilitam o acesso à Sala Virtual de Audiência”.

Juiz José Normando

O juiz José Normando Fernandes, da 1ª Vara Mista e que responde também pela Vara Única da Comarca de São Bento, comunga do pensamento de que, sem a tecnologia, todo o trabalho do Judiciário estaria travado, e cita o caso de sua unidade, que é privativa do Tribunal do Júri. “No começo da pandemia, nós sofremos muito; quer dizer, ainda estamos, mas bem menos, com o uso de ferramentas virtuais. Estamos realizando atos por teleconferência e, assim, mantemos as atividades em dia”, disse.

Ele explica, porém, que as sessões do Tribunal do Júri, por enquanto, estão suspensas. “Envolve a participação de muita gente, desde o réu, advogado, promotor, militares e o corpo de jurados. Reunir todos, é um risco à saúde. Assim, o TJPB e a Corregedoria-Geral de Justiça entenderam por suspender os júris neste momento de pandemia”.

O juiz afirma que as demais atividades da Vara continuam: “Estamos preparando os processos, em todas as suas fases. A digitalização dos feitos criminais nos ajudou bastante. Afora isso, mantemos canais de comunicação com advogados e com quem necessitar dos serviços da Vara”.

Redução da taxa de congestionamento e premiação

Juiz Agilio Tomaz

O juiz Agilio Tomaz Marques, da 4ª Vara Mista, revela a satisfação pessoal/profissional em ver a unidade judiciária saneada e organizada, após duro trabalho para isso, com intensa participação dos servidores, por dois anos e meio. “Com isso, ganhamos a devida valorização da equipe e a diminuição do tempo para a resposta judiciária. A nossa unidade voltou ao rumo da normalidade”, comemora o magistrado.

Esse trabalho rendeu à 4ª Vara Mista de Sousa a premiação do Selo Prata de Eficiência, concedido pelo Tribunal de Justiça da Paraíba, o que, na opinião do juiz, foi mais um estímulo a todos os envolvidos na qualificação da unidade. “Foi feito um trabalho árduo, visto processo a processo, e digitalizados, com o objetivo de dar visibilidade, publicidade, aos atos praticados pela Vara”, lembra o juiz.

Agilio Marques ressalta que, em que pesem as dificuldades iniciais encontradas, haja vista algumas circunstâncias da Vara em 2018, ano em que ingressou na unidade, “conquistamos significativo avanço”. A 4ª Vara de Sousa, na época, ostentava taxa de congestionamento de 98,48%, apresentando melhoras logo no ano seguinte, quando a quantidade de processos arquivados praticamente quadruplicou.

“Entretanto, somente no ano de 2020, quando este magistrado conseguiu implantar efetivamente todas as medidas de gestão da unidade judiciária (reunião mensal para estabelecer as metas a serem atingidas mês a mês, diretrizes acerca do uso de etiquetas e dos modelos elaborados, entre outras), além do impulso dado pela digitalização dos processos físicos e o trabalho remoto, foi possível aferir o satisfatório resultado que nos levou à premiação, com a redução da taxa de congestionamento para 59,63%”, destacou. 

O magistrado ressalta a importância, também, da complementação e organização do quadro de servidores, assim como os esforços destes. “Integrar o rol dos premiados e alcançar o Selo Prata foi bastante estimulante e gratificante, representando a coroação de todo esforço deste magistrado e do trabalho empreendido pelo corpo de servidores na busca do fim precípuo que é tornar nossa 4ª Vara de Sousa referência na prestação jurisdicional”, disse.

A exemplo das demais unidades do Fórum de Sousa, a 4ª Vara realiza os atos processuais, em sua maioria, por videoconferência, iniciada antes mesmo da determinação oficial do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), como medida para evitar o atraso da tramitação do feito.

Agilio Marques afirma que as partes e os advogados aderiram ao procedimento de virtualização de imediato, “e conseguimos diminuir o tempo efetivo de resposta para resolução dos processos”. Segundo ele, os advogados ainda mantêm contato com o magistrado através de encontros previamente marcados ou por videoconferência. A unidade atende, também, por meio do WhatsApp.

“Cidade Sorriso” preserva pegadas de dinossauros

De acordo com o IBGE, foi através da Lei Provincial de nº 28, de 10 de julho de 1854, que a Vila de Souza foi elevada à categoria de cidade, passando, na oportunidade, a denominar-se Sousa, conhecida hoje por “Cidade Sorriso”. Situada às margens do Rio do Peixe, Sousa foi, inicialmente, batizada “Jardim do Rio do Peixe”

Fundada pelo padre Bento Freire de Sousa e pelo capitão-mor José Gomes de Sá, ambos originários de Sousa, Portugal, batizaram-na segundo o que preconizava a Carta Régia de 22 de junho de 1766, que os administradores de vilas denominassem as novas localidades com nomes de lugarejos e cidades de Portugal, o que deixa clara a origem do atual nome.

A região é rica em atrativos turísticos, com destaque para o Vale dos Dinossauros e o Açude de São Gonçalo. Reconhecido mundialmente, o Vale é o sítio paleontológico referencial em pegadas fossilizadas e compreende uma área de 700 km². Já o açude faz parte do complexo hídrico do Perímetro Irrigado.

Por Gilberto Lopes/Gecom-TJPB