Com o tema “Saúde mental da mulher vítima de violência doméstica em tempo de pandemia”, aconteceu na tarde da última sexta-feira (20), de forma on-line, uma Roda de Conversa, envolvendo vítimas de violência doméstica e familiar. Sob a condução da Psicóloga Clínica e coordenadora de Saúde Mental da Gevid/TJPB, Penha Pontes, as mulheres compartilharam seus sentimentos e experiências vividas. Além disso, receberam orientações psicológicas, explicações sobre a Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006) e a importância de denunciar a violência.
O evento fechou a programação da 18ª Semana da Justiça pela Paz em Casa, e foi promovido por ação conjunta entre a Coordenadoria da Mulher do Tribunal de Justiça da Paraíba, a Gerência de Qualidade de Vida (Gevid) e a Associação das Esposas dos Magistrados e das Magistradas da Paraíba (AEMP).
A coordenadora da Mulher em Situação de Violência Doméstica do TJPB, juíza Anna Carla Falcão Cunha Lima abriu a Roda de Conversa explicando sobre a Lei Maria da Penha e os tipos de violência imputados como crimes pela legislação. A magistrada ressaltou que as vítimas tiveram um momento de interação entre si e com a psicológa Penha Pontes, que preparou tudo com carinho e cuidado para que as mulheres tivessem uma tarde especial.
“Dra. Penha Pontes é uma profissional de excelência. Ela ficará, gratuitamente, acompanhando essas vítimas, que tanto precisam dos trabalhos de uma psicóloga. A AEMP está de parabéns pela indicação e a minha palavra é só de gratidão porque, diariamente, julgo casos de violência contra a mulher e, em todos eles, constato os traumas psicológicos, que atingem não só a vítima, mas toda a família”, destacou.
Anna Carla enfatizou, ainda, que as rodas de conversa contribuem para que a mulher entenda a necessidade de sair do ciclo da violência, de se auto valorizar, se respeitar e, também, de denunciar. “É importante o atendimento psicológico às mulheres vítimas de todas as formas de violência doméstica, para que ela resgate sua autoestima e fortaleça sua autonomia tornando- se protagonista de sua vida”, realçou a magistrada.
Para a psicóloga Penha Pontes o evento foi excelente. Ela agradeceu a oportunidade de ajudar as mulheres que sofrem com a violência doméstica. Conforme informou, houve um momento de reflexão sobre os fatos que impactaram a saúde mental de todas durante o período de pandemia e o que fazer para melhorar a situação, como exercícios respiratórios, bem como, debateram sobre o medo, o luto, a importância da denúncia e a busca por atendimento psicológico.
Uma das mulheres participantes disse estar muito feliz com o espaço criado pelo Tribunal de Justiça, para acolher, ouvir e ajudar as vítimas da violência. “Eu pude participar da roda de conversa com a Dra. Penha Pontes, e este espaço está me ajudando muito. Eu posso falar, ser ouvida e posso ser ajudada nesse processo”, pontuou, realçando a existência dos cursos profissionalizantes para ajudar as mulheres a conquistarem sua independência e a saírem da situação de vulnerabilidade.
Por Lila Santos com Ascom da AEMP
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