Ficou para esta sexta-feira (28) a votação da Lei do Orçamento Anual para o exercício financeiro de 2019, quando os deputados devem entrar em recesso parlamentar.
O motivo de mais um adiamento da deliberação da matéria em Plenário ficou por conta de dois projetos de Resolução de interesse do governo do Estado, que tratam da eleição da nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa.
Os deputados da bancada de oposição divergiram dos projetos de autoria do líder do governo, deputado Hervázio Bezerra (PSB), e entraram em desentendimento com a base governista.
Um dos Projetos de nº 300/ 2018 , requer que a eleição da Mesa para dois biênios ocorra logo no dia 1º de fevereiro, subsequente à posse, ou seja, os governistas querem que prevaleçam a dita eleição casada.
Já o outro Projeto de Resolução de nº 301/2018, e não menos polêmico, altera o Regimento Interno para estabelecer o voto aberto.
Os projetos estavam em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça para a votação final em Plenário, mas a deputada Camila Toscano (PSDB) resolveu pedir vista para melhor analisar as matérias.
Conforme a deputada, a ingerência do governador Ricardo Coutinho (PSB) na escolha do presidente da Casa é algo que causa desconforto aos parlamentares.
“O governador insiste em interferir em um processo interno e que só diz respeito aos deputados. Esses projetos não estavam na nossa pauta e chegaram de última hora para serem votados. São decisões importantes que mudam o nosso Regimento para atender, claramente, aos interesses do governo”, avaliou.
Segundo ela, são temas relevantes que vão influenciar na próxima Legislatura com deputados que estão no primeiro mandato e não vê razão para que isso seja votado agora.
“Eu vejo que o interesse do governo é muito grande para fazer essa eleição casada da Mesa, exigindo ainda que o voto seja aberto dos deputados. Nós não podemos permitir isso, sobretudo porque estaremos dando margem para que o governo influencie ainda mais aqui dentro desta Casa”, argumentou.
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