
Nos últimos dias, a Diocese de Cajazeiras voltou a respirar esperança, dinamismo e presença pastoral. Desde que tomou posse oficialmente em 5 de julho de 2025, o novo bispo diocesano, Dom Francisco de Assis Gabriel dos Santos, vem surpreendendo fiéis, padres, religiosos e a população em geral com sua postura ativa, próxima do povo e sintonizada com os desafios sociais e espirituais do Sertão.
E o que chama mais atenção é que em apenas três semanas, ele já promoveu mais gestos concretos de evangelização, presença pública e articulação eclesial do que seus dois antecessores fizeram em mais de duas décadas de episcopado.
Dom Francisco Gabriel não esperou a solenidade de posse para iniciar sua missão. Antes mesmo de assumir oficialmente, esteve em Cajazeiras visitando igrejas, seminários, túmulos de bispos e conversando com lideranças locais. Em cada gesto, demonstrou respeito à história da Diocese, carinho pelo povo e compromisso com sua nova missão.
No dia da posse, não faltaram sinais claros de um novo tempo.
Em poucos dias, ele já reuniu o clero, organizou agendas pastorais, ouviu lideranças comunitárias e tem deixado claro que seu episcopado será marcado por diálogo, serviço e proximidade.
A Diocese de Cajazeiras passou os últimos 21 anos sob a liderança de dois bispos: Dom José González Alonso (2001–2015) e Dom Francisco de Sales (2016–2023). Ambos, embora tenham exercido seu ministério com dignidade, deixaram a impressão de uma Igreja distante da realidade social e pastoral do povo sertanejo. As marcas desse período foram a centralização, o silêncio diante de temas sociais e a ausência de ações visíveis junto às comunidades mais carentes e às juventudes.
Durante esse tempo, muitos fiéis sentiram-se órfãos de uma presença episcopal mais atuante, especialmente em um momento em que a Igreja precisa ser sinal de esperança e voz profética diante da desigualdade, da violência e da perda de valores.
Dom Francisco Gabriel é diferente. Ele tem o perfil do pastor com cheiro de ovelha, como pede o Papa. Sua simplicidade, sua fala direta, sua presença constante nas redes sociais e sua disposição em ir ao encontro das pessoas demonstram que a Diocese de Cajazeiras entrou em uma nova fase viva, missionária e conectada com a realidade do seu povo.
Mais do que reformas administrativas, o novo bispo está promovendo uma reforma de atitude, de espírito e de presença. Cajazeiras voltou a ter um bispo que olha nos olhos, escuta com o coração e age com coragem.
Ainda é cedo para avaliar o episcopado de Dom Francisco Gabriel em sua totalidade, mas uma coisa é certa.
Em três semanas, ele já devolveu à Diocese de Cajazeiras algo que estava adormecido há anos a esperança de uma Igreja viva, próxima e comprometida.
Por Gilberto Lira
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